terça-feira, 25 de janeiro de 2011

para a Excelentíssima Senhora Edileusa Lopes.



Acho que eu deveria chamá-la assim. É bonito, forte, respeitoso e imponente. Tudo o que ela se tornou. Tudo o que ela é! É a cara dela. É isso aí, e mais um pouco.




A Excelentíssima Senhora Edileusa Lopes é minha mãe. Minha, e de outras 3 ou 4 pessoas, não sei ao certo. Eu sei... parece estranho. Parece, não! É estranho. Mas eu explico: minha mãe, antes de eu nascer, criou outras pessoas, que são os meus irmãos, mas eu nunca sei se foram 3 ou 4. Eu poderia até contar os irmãos dela que ela também criou, né?  Nossa, daí eu teria tios-irmãos... não! É melhor contar só com os que não são irmãos dela mesmo, senão a história vai durar até amanhã.


Ela é minha mãe. Mas também foi meu pai, minha amiga, minha conselheira, minha educadora, meu apoio, meu chão, minha base, meu sonho, realidade, minha mega-sena premiada... meu espelho de vida. Meu espelho, pois quero ser ao menos metade pro João Gabriel, do que ela foi e é pra mim. Metade, eu já estou satisfeitíssima. Ela foi também meu braço direito, meu ombro amigo e principalmente minha companheira. Não me deixava nunca só. Queria sempre estar ao meu lado pra me proteger até dos pingos de chuva que caíam lá fora. Mãe super protetora vocês devem saber como é. Eu diria super, hiper, mega, ULTRA PROTETORA. E coruja! Eu lembro que todo final de ano havia uma homenagem aos melhores alunos do Colégio Moderno, e, modéstia a parte, todo final de ano eu estava lá sendo homenageada. E claro, minha mãe SEMPRE ao meu lado com o sorriso que conseguia preencher todo aquele Teatro Margarida Schiwazzappa. E tinha uma pessoa que falava assim mesmo: parece que eu tô vendo a tia Edi com uma placa levantada da plateia na qual estava escrita "eu já sabia!"". E eu digo que se ela tivesse tido essa ideia, ela faria mesmo... e eu morreria de vergonha, lógico! 



Talvez não tenhamos nada em comum fisicamente, pelo menos, todos dizem que sou a cara do meu pai. Mas o que nós não somos parecidas, anatomicamente falando, nós somos IGUAIS, psicologicamente falando. Gostamos de muitas coisas em comum, em devidas situações agimos iguais, falamos iguais e somos chatas iguais (brincadeirinha, mamãe). Não é à toa que meu marido vez ou outra me chama de "Edileusinha". E assim que ele termina de falar, eu concluo com um "com muito orgulho"


Bato no peito de orgulho por ser filha dela. Dela que sempre foi guerreira, que sempre enfrentou suas dificuldades sem fraquejar, dela que SEMPRE estendeu a mão o braço, a perna, a cabeça, o corpo inteiro ao próximo, muitas e N vezes esquecendo dela própria. Dela que sempre batalhou por tudo que almejou e que não é à toa que ela chegou no lugar que está.



Minha mãe é contraditória. Ela consegue ser a durona com o coração mais mole que eu conheço. Ela é a pessoa que mais diz "não", mas no final, sempre acaba fazendo pelo "sim". É a palhaça mais séria que eu conheço. É aquela que briga já querendo abraçar e aquela que dá, quase sem nunca receber.



Ela pode ser até um pouco difícil de conviver, mas é a pessoa que eu mais quero perto de mim, no momento. É a pessoa que eu devo tudo. Devo TUDO na vida pra minha mãe. TU-DO. Se eu tive uma boa educação foi graças a ela, se eu me formei e estou "quase" terminando meu doutorado foi graças a ela, se eu me tornei uma pessoa do bem foi graças a ela, se sou saudável foi graças a ela, se eu sonho e tenho ambições é graças a ela. Tudo foi a minha mãe que me deu, e, se eu pudesse, daria um mundo de coisas lindas, embrulhado no papel de presente mais lindo de todos a ela.



É difícil falar de mãe, né? Os olhos ficam logo marejados. Mas não é por isso apenas. Como é que podemos agradecer com palavras à pessoa que te deu uma vida? No caso da minha mãe, não só no sentido biológico da coisa, mas no sentido prático, principalmente. Nem o idioma mais rico e mais repleto de adjetivos e predicados... nenhum sustentaria com satisfação os elogios à minha mãe. Qualquer tentativa seria ínfima, qualquer esforço seria em vão. Mas nem que eu reunisse todas as línguas faladas no mundo, não caberia aqui tudo o que eu quero dizer a ela, tudo o que eu acho dela e tudo o que ela representa pra mim.


Minha mãe sempre me deu tudo do bom e do melhor. Pelo menos tudo o que estava ao alcance dela. E não achem que isso é coisa de mãe que mima muito a filha. Não, sem dúvida nenhuma, não é! Ela me deu de tudo do bom e do melhor, pois ela queria que com a filha dela fosse diferente do que aconteceu com ela. Não pensem que ela ganhava bem e por isso podia me oferecer coisas do tipo. Pelo contrário. Vivíamos muito apertadas. Só nós duas num apê. Mas ela NUNCA mediu esforços para me dar uma boa educação e me permitir estudar em colégios bons. Graças a Deus, soube aproveitar tudo o que ela de melhor me ofereceu, e isso eu também devo a ela. 


Hoje, ela tá ficando mais velhinha. E é pela segunda vez na vida que passo esse dia tão especial longe dos abraços, dos beijos, dos cheiros e dos carinhos que pretendia fazer nela. Não fiz nada disso, mas meu amor por ela é tanto que eu sei que as forças do além, que a brisa mais gostosa e até os pingos de chuva mais refrescantes anunciaram isso a ela. Sei que eles levaram todo o meu amor, todo o meu carinho e todo o meu afeto à pessoa que, junto com a minha família, é a mais importante na minha vida.


Te desejo muitos amores, prazeres, sorrisos, dinheiros, felicidades, alegrias, viagens, paz, sonhos, realizações, sucesso e muitas bençãos. Te amo, minha mãe. Obrigada por esse imenso mundo belo e cheio de coisas maravilhosas que a senhora me deu.


E pra finalizar uma musiquinha que ela gosta que cantem em aniversários: "derrama Senhor, derrama Senhor, derrama sobre ela o Teu amor!" FELIZ ANIVERSÁRIO, minha Excelentíssima Senhora mamãe!


Um comentário:

  1. Lu q post lindo, até me emocionei, mãe merece uma homanagem dessa e muito mais... beijoss Lu e parabéns p sua mãe!!

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